PROLONGAMENTO DO PRAZO PARA SUBMISSÃO DE PROPOSTAS ATÉ 31 DE OUTUBRO

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Congresso Internacional Escravaturas de Ontem e de Hoje:
Servidões, Rebeliões e Opressões

Um evento Unlikely Dialogues - UNIDCOM/IADE

11 a 14 de Dezembro de 2024
Universidade Europeia, auditório do campus da Quinta do Bom Nome. Carnide,  Lisboa, Portugal

UNIDCOM/IADE is organizing an International Congress on Past and Present Slaveries, which will take place in Lisbon, Portugal, from December 11 to 14, 2024. This event marks the launch of a new initiative called “Unlikely Dialogues.”

The Congress on Past and Present Slaveries: Servitude, Rebellions, and Oppressions aims to be a pluralistic and inclusive gathering that fosters transdisciplinary and ethical discussions about slavery throughout history. It will reflect on and debate issues related to slavery and servitude from Classical Antiquity to the contemporary period, without restrictions on historical timelines or geographic contexts.

The call for papers is open until October 31, 2024.

We also invite expressions of interest for participation as a guest speaker, focusing on the connections between Design and the phenomenon of slavery. Those interested in presenting at the Congress should submit an abstract of up to 500 words and their ORCID page to emilia.duarte {at} universidadeeuropeia.pt by October 31, indicating their preference for remote or in-person participation, and if in-person, the city and country of departure.

O Congresso

A escravatura não é um fenómeno uniforme; adaptou-se e manifestou-se de várias formas ao longo do tempo, em diferentes geografias e culturas, complicando a sua deteção, compreensão e erradicação. As diversas trajetórias históricas da escravatura continuam a afetar o presente e devem ser consideradas na definição do nosso futuro coletivo – um futuro com o qual desejamos assumidamente envolver-nos. 

Embora o comércio de escravos africanos seja o mais proeminente e de longo alcance devido à sua escala, legados e impactos duradouros, a escravatura é uma questão global, que diz respeito a toda a humanidade e não apenas a grupos étnicos específicos. As fontes históricas registam práticas de escravidão em civilizações da Antiguidade Clássica como a Grécia, Roma, Egito e Mesopotâmia; no mundo islâmico; na Ásia, incluindo países como China, Japão e Índia; bem como entre civilizações indígenas nas Américas. 

Embora a abolição formal tenha sido alcançada na maioria dos Estados, algumas formas contemporâneas de escravatura persistem até hoje, causando danos significativos a indivíduos, grupos e sociedades. Estas incluem o tráfico de seres humanos, o trabalho forçado, a servidão por dívida, o casamento forçado e a exploração infantil. 

Vários fatores e as suas interligações na sociedade contemporânea podem contribuir para a persistência e prevalência desta prática abominável. Estes fatores incluem crises económicas, políticas, laborais e demográficas, conflitos armados e tecnologias socialmente disruptivas. Além disso, ameaças sistémicas como as alterações climáticas, a poluição e a perda de biodiversidade podem funcionar como catalisadores destas práticas. 

Dado que a escravatura é um fenómeno complexo e multidimensional que envolve histórias, legados e heranças distantes e desafiantes, caracterizado por perspetivas fragmentadas e polarizadas, moldadas por crenças e ideologias muitas vezes inconciliáveis, é nosso entendimento que a abordagem transdisciplinar será a mais apropriada e eficaz para abordar esta problemática de grande relevo e abrangência societal. 

Neste contexto, enquanto centro de investigação inscrito na grande área disciplinar do Design, como parte da nossa missão e ambicionando alcançar respostas inovadoras, sustentáveis e restauradoras que sejam as bases do projeto de um futuro digno, ético e de florescimento para a humanidade, propomo-nos encetar diálogos difíceis e improváveis, concordando em discordar.

Procuraremos conhecer as várias narrativas, dos grupos dominantes aos marginalizados, dos movimentos de resistência aos abolicionistas. O nosso objetivo é dar voz aos silêncios, procurar a equidade e a justiça social, evitando ao mesmo tempo a objetificação, a culpa, a vitimização, a demonização ou a glorificação, e incorporando factos históricos e arqueológicos no debate. 

Tratando-se de um fenómeno sistémico e estrutural que tem acompanhado a humanidade ao longo dos tempos, as nossas discussões abrangerão formas históricas e contemporâneas de escravatura, abordando questões seculares e religiosas. Serão também considerados temas contemporâneos como a descolonização da ciência, da arte, da cultura e do design, entre outros.

 

Comissão Ciêntifica

ARLINDO CALDEIRA

CHAM – FCSH/UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA

ELENA MORÁN

UNIARQ/UNIVERSIDADE DE LISBOA -
CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOS

EMÍLIA DUARTE

UNIDCOM - IADE/UNIVERSIDADE EUROPEIA

ISABEL CASTRO HENRIQUES

CesA/CSG/ISEG/UNIVERSIDADE DE LISBOA

JOÃO PEDRO MARQUES


JOSÉ D'ENCARNAÇÃO


JOSÉ LUÍS NETO

CECAP/FBA/UNIVERSIDADE DE LISBOA

LÍDIA FERNANDES

TEATRO ROMANO/EGEAC/CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

RAFAEL PEREZ GARCIA

DEP. HISTÓRIA MODERNA/UNIVERSIDADE DE SEVILLA

STEPHEN LUBKEMANN

DEP. DE ANTROPOLOGIA/CCA&S/GEORGE WASHINGTON UNIV.

TÂNIA CASIMIRO

IAP - HTC/CFE - FCSH/UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA

Chamada de Comunicações

O Congresso Internacional Escravaturas de Ontem e de Hoje: Servidões, Rebeliões e Opressões pretende ser um evento plural e inclusivo que procura uma discussão transdisciplinar e ética da escravidão ao longo da História, procurando refletir e debater questões relacionadas com escravatura e servidões desde a Antiguidade Clássica até ao período contemporâneo, sem qualquer restrição quanto a diacronias e geografias. 

Embora sem prejuízo de serem aceites propostas de comunicações dedicadas a outros temas, desde que enquadrados dentro da temática do Congresso, apela-se à participação dos investigadores nesta área, através da submissão de propostas enquadradas nos seguintes eixos temáticos:

• Fontes para o estudo da escravatura
• Rotas da escravatura;
• Escravatura e servidão;
• Representações visuais da escravatura ao longo dos milénios;
• Cultura material da escravatura;
• Escravatura infantil;
• Escravatura para fins rituais ou religiosos; 
• Escravatura e deslocamentos populacionais;
• Assimilação e segregação de comunidades de escravos;
• Escravidão hereditária;

 

Escravidão em consequência de conflito;
Revoltas e insurreições;
• A escravatura na Literatura;
• A escravatura nas Artes;
• Escravatura e política económica;
• Abolicionismo, campanhas e propaganda;
• De cativos a combatentes: a participação de escravos em campanhas militares;
• Tráfico de seres humanos: da Antiguidade à contemporaneidade;
• Arqueologia da escravatura.

Numa primeira etapa, as propostas de comunicação deverão ser enviadas para: paulo.n.costa@universidadeeuropeia.ptaté dia 31 de Outubro de 2024, um prazo que já foi prolongado.

As propostas deverão conter um resumo, em Português ou Inglês, de até 500 palavras, devendo conter título, nomes e contactos de todos os autores, bem como da sua filiação institucional.

Haverá uma pré-selecção formal das propostas, decisão que será comunicada aos autores até 15 de Novembro de 2024. Os autores poderão então preparar a sua comunicação oral em suporte tipo PowerPoint ou semelhante, à sua escolha, que não deverá exceder os 20 minutos.

Numa segunda etapa, pretende-se publicar as comunicações em volume indexado, a publicar em Inglês, por uma editora científica internacional. O modelo para este artigo será comunicado posteriormente, antecipando-se que o texto será obrigatóriamente em Inglês, limitado a 12 páginas em Fonte tamanho 12. Estes artigos serão revistos por pares numa dupla revisão cega.

A publicação está prevista para 2025.

Até à data do Congresso serão publicados em linha os resumos submetidos, quando da divulgação do programa.

As comunicações orais não deverão exceder os 20 minutos.

Inscrições

A participação no Congresso é gratuita mas carece de inscrição prévia, aqui, até 1 de dezembro de 2024, sendo garantida até ao limite máximo de lugares disponíveis.

Quaisquer informações adicionais deverão ser solicitadas para este email.

paulo.n.costa@universidadeeuropeia.pt

Transmissão Remota

Links Microsoft Teams para acesso remoto à transmissão do congresso:


Localização

O congresso terá lugar na Universidade Europeia, no auditório do campus da Quinta do Bom Nome, na Estrada da Correia, nº53, em Carnide, Lisboa.
 
O campus fica a 300 metros da estação de Metro de Carnide e em frente da estação de autocarros da Pontinha.
É servido pelos seguintes autocarros: 
 
Autocarro - Carris
726 - Pontinha (Centro) - Sapadores
729 - Bairro Padre Cruz - Algés
768 - Quinta Olival - Cidade Universitária
 
Rede madrugada
202 - Linda-a-Velha - Cais do Sodré
 
Rodoviária de Lisboa
210 - Caneças - Colégio Militar
205 - Odivelas - Colégio Militar
213 - Dolce Vita - Pontinha
 
Autocarro - Vimeca
143 - Amadora Este - Pontinha
128 - Dolce Vita - Colégio Militar
Rede madrugada:
165 - Dolce Vita - Colégio Militar

Unlikely Dialogues

Unlikely Dialogs é uma série de eventos organizados pela UNIDCOM /IADE dedicados a enfrentar os grandes desafios da humanidade, as questões complexas e multifacetadas conhecidas como wicked problems. Estes problemas, mal definidos e difusos, exigem novas abordagens para serem compreendidos e solucionados. Promovidos pela lente do Design, estes diálogos ambicionam reunir vozes de diferentes disciplinas, promovendo conversas e debates críticos, abertos e plurais. Acreditamos que a criatividade e a diversidade surgem de encontros improváveis, onde diferentes perspetivas se cruzam, e é nesse espaço de troca transdisciplinar que podemos encontrar caminhos inovadores para enfrentar os desafios globais.